Encerramento terá rituais, pintura corporal e culinária indígena
Por Felipe José
Na manhã desta quinta (27), os povos indígenas Potiguara e Kariri Xocó farão um momento cultural na Feira Agroecológica da UEPB, com a realização de pinturas corporais, rituais, apresentação de músicas e da culinária indígena. A ação marca o encerramento do V Abril Indígena, que teve início na última segunda (24) e têm acontecido ao longo desta semana com a realização de palestras, minicursos, oficinas e outras atividades.
O projeto é uma realização do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) através dos projetos de extensão "História Art-e: saberes e práticas docentes", "Culturas juvenis, diversidade e inclusão social", e "Educação para as relações e ensino étnico-racial", todos do curso de História da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
O momento cultural, assim como as outras atividades do V Abril Indígena, busca apresentar um pouco das tradições dos povos indígenas locais e aproximar a comunidade acadêmica da cultura indígena. Além disso, o projeto, que faz alusão ao Dia dos Povos Indígenas, em 19 de abril, busca viabilizar o espaço para que esses povos possam apresentar suas vivências.
V Abril Indígena no Campus I da Universidade Estadual da Paraíba - Foto: Maria da Guia
"Esse momento é de grande importância para os nossos povos originários, Potiguara, Kariri e as demais etnias, e fortalece ainda mais o nosso território Potiguara, nossa tradição e a nossa cultura. É um trabalho que mostra a nossa vivência, porque nós mostramos ao mundo que nós existimos", conta Comadre Guerreira, Cacica do Povo Potiguara.
Uma das idealizadoras do evento é a professora Margareth Melo, do curso de História da UEPB. Para ela, existe uma visão muito deturpada e pejorativa dos povos indígenas, reforçada inclusive pela educação. Nesse sentido, o Abril Indígena surge como uma oportunidade de transformar isso:
"A gente precisa desconstruir essa visão colonizadora que foi o que a escola nos ensinou. E a gente só vai conseguir isso tendo contato com eles. Ouvindo.", afirma Margareth.
Sobre o Abril Indígena
O Abril Indígena surgiu em 2017 com apoio das professoras Margareth Melo, Cristiane Nepomuceno e Patrícia Aragão do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) - Campus I. O projeto busca trazer povos indígenas para o espaço acadêmico, a fim de que possam apresentar suas tradições e expor suas experiências. A 5ª edição do evento desenvolve o tema "Direito à terra: resistência, educação e cultura dos povos indígenas".
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